O lazer é essencial, imprescindível, para o desenvolvimento social das pessoas, para a saúde, para a propalada qualidade de vida. Mas, no Loteamento Parque dos Vinhedos o cenário é de abandono. A calçada é nova, mas está toda estragada e não tem nem seis meses de vida. A obra foi contsruída com recursos públicos, ou seja, dinheiro do povo, por uma empreiteira contratada por licitação.
Ou seja: permite que tais serviços malfeitos continuem sendo feitos sem qualquer penalidade aos responsáveis, como mandar fazer de novo quantas vezes forem necessárias, até que a obra fique de acordo com o que se espera de uma obra pública, construída com dinheiro do povo.
O jornalista e colunista do Pioneiro Gilberto Blume havia feito esse relato sobre a calçada malfeita do Vinhedos ainda no início de junho. Em coluna publicada por ele em 14 de junho deste ano, o secretário municipal do Planejamento, Paulo Dahmer, se comprometia em verificar a situação no Parque dos Vinhedos, mas pelo jeito em que se encontra a tal calçada, ainda falta tomar medidas. Na época, Blume fazia a seguinte constatação:
“Se até há pouco os moradores do Vinhedos sofriam por não terem calçada na área verde, agora sofrem porque a calçada construída é ineficiente. Antes o passeio era de grama, agora é de pedra, mas há sinceras dúvidas sobre o que é pior ou o que é melhor”.
Pois bem. O parque infantil e a área verde do Vinhedos são o retrato do abandono. O balanço está quebrado e o bebedouro (também novíssimo) não funciona. Para completar, a placa da administração com a logomarca do governo do prefeito de Caxias do Sul, José Ivo Sartori (PMDB), está se deteriorando.
Mas, essa realidade de parque infantis e áreas de lazer abandonados não são exclusividade do Vinhedos. A situação de péssima (ou quase nenhuma) conservação se repete em outras áreas da cidade. Os equipamentos do principal Parque Getúlio Vargas, dos Macaquinhos, também estão em precaríssimas condições de uso. O mesmo acontece no parqu e área de lazer do Santa Lúcia Cohab e em outros tantos pontos da cidade.
Normalmente, o argumento é de que a situação é resultado é de depredações, fruto do vandalismo. Mas, no Vinhedos e na Cohab, região na qual eu resido, acho que a situação reflete a ineficiência do poder público em manter a conservação, pois os estragos parecem ser da ação do tempo e não da ação de vândalos. Nos Macaquinhos, a impressão que tenho é semelhante.
Não adianta propagarmos aos quatro ventos que somos uma cidade com qualidade de vida se não temos paques e praças em condições de sustentar essa afimação. Outra coisa: não adianta propagarmos que temos inúmeros programas de combate à violência e às drogas se não criamos estímulos de lazer para envolver as nossas crianças e adolescentes em atividades que os afastem do submundo do crime e da drogadição, do vício, do tráfico.
Depois da intensa chuvarada, calapso na saúde, doenças, o lazer também é limitado. E autoestima?
E aí, prefeitura, qual a resposta para os contribuintes que pagam os seus impostos e reforçam o caixa do governo?
OBS: As imagens que captei, por celular, no Loteamento Parque Vinhedos neste 24 de julho de 2011 falam por si só.
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