quarta-feira, 29 de junho de 2011

Não ao apagão intelectual

CHAPA 2 PARA O DA DE HISTÓRIA – ATITUDE VIRAÇÃO

Construir pilares de cidadania é buscar fundamentos na história recente do nosso país e do mundo, com a conquista da liberdade de expressão e do livre exercício da democracia.

Parte dos integrantes da CHAPA 2. Foto Soraya Maia
É com essa visão de mundo, que, nós, integrantes da Chapa 2 para o Centro Acadêmico dos Estudantes de História (CAEH), nos apresentamos como alternativa neste processo eleitoral para contribuir com o bom debate de ideias no fortalecimento do movimento estudantil e na construção de ações concretas para fortalecer o nosso curso na busca por maior qualificação. 
                                                                          
A qualificação que defendemos vai além da revisão da grade curricular. Passa essencialmente pelo investimento em recursos humanos por parte da Reitoria da UCS. Não podemos assistir na inércia professores qualficadíssimos abandonando o curso de História ou se aposentando e os alunos sendo obrigados a desistir de disciplinas por falta de docentes.   

Não desconhecemos a história e o trabalho daqueles que atuaram ou ainda atuam no DA de História da Universidade de Caxias do Sul (UCS), mas acreditamos que podemos dar a nossa contribuição, com propostas concretas, para tornarmos nosso curso protagonista da História e de lutas importantes dos estudantes. 

Vamos manter as boas iniciativas implementadas pelos nossos antecessores, mas também queremos colocar em prática as nossas propostas e ideias.  

Acreditamos que temos condições de desenvolver uma gestão voltada para solidificar as bases do estruturalismo histórico, que fundamentam as teorias de grandes pensadores como Lévis-Strauss, Marx e Freud.

Queremos fazer esse debate com coerência e compromisso com os interesses da coletividade. Queremos que o movimento estudantil volte a ter a força da década de 90 quando foi protagonista de muitas lutas e conquistas. Hoje, temos outras necessidades, mas é preciso vencer a apatia que nos torna refém de um sistema, como formato que engessa e enfraquece o movimento estudantil. 



Conheça algumas das nossas propostas

Muitas das nossas propostas foram retiradas do diálogo e de conversas com acadêmicos do curso de História.


- Defendemos uma gestão participativa, com voz e vez para todos os acadêmicos do curso de História da UCS;


- Vamos implantar um canal direto de comunicação com os estudantes para colher sugestões, ideias, críticas e outras informações;


- Criaremos o Mural dos Editais, espaço com informações para que os acadêmicos tenham conhecimento dos concursos e possibilidades abertas para a apresentação de projetos de pesquisa em prefeituras, organizações, empresas e outros órgãos públicos;


- Vamos abrir espaço no Jornal Baseado na História para a publicação de resumo/síntese dos melhores trabalhos desenvolvidos por semestre pelos acadêmicos de História. Acreditamos que desta forma estaremos contribuindo para a valorização da pesquisa e para a qualificação do currículo, já que artigos publicados garantem pontos;
   
- Propomos a criação de um blog específico do DA de História para publicar informações de interesses dos estudantes, bem como para postar a íntegra de trabalhos selecionados para a versão impressa do Baseado na História e outros trabalhos de pesquisa que os colegas julgarem importantes compartilhar com o grande grupo;


- Vamos desencadear junto à Reitoria e à coordenação do curso de História um movimento pela qualificação da nossa graduação;


- É preciso investir urgentemente em recursos humanos, em capital intelectual. Os alunos não podem ser forçados a desistirem de disciplinas depois de matriculados, como a de Arqueologia e Humanização, por falta de docente.  O curso já perdeu quadros importantes, como os professores Arthur Barcellos, José Alberione dos Reis, Loraine Slomp Giron e Rejane Jardim. Não houve reposição desses quadros e a situação foi encarada no silêncio absoluto, sem qualquer movimento por preenchimento das vagas. As docentes Maria Beatriz Pinheiro Machado e Marília Conforto também estão encaminhando suas aposentadorias e devem deixar o curso em um curto espaço de tempo.  E como ficam os estudantes?;


- Propomos utilizar os recursos financeiros que são repassados anualmente ao DA de História de forma a contemplar a TODOS os acadêmicos, com a contratação, por exemplo, de palestrantes e conferencistas de outras instituições para que possa enriquecer os debates e os conhecimentos no campo da formação em História;


- Vamos definir as atividades da Semana Acadêmica do Curso de História em parceria com o coletivo de estudantes, passando em salas de aula e coletando informações sobre as quais a temáticas e abordagens de maior interesse;


- Articularemos pelos menos uma oficina de formação anualmente, bem como fortaleceremos as viagens de estudo e de integração com outros povos e culturas;


- Implementaremos um Festival da Canção. Temos no curso de História diversos talentos que circulam o campus tocando e cantando, mas não temos uma atividade específica para valorizar a expressão artística/cultural, enquanto o curso tem entre seus fundamentos o Movimento da Tropicália;


- Manteremos e fortaleceremos os campeonatos esportivos, abrindo espaço para outras modalidades, além do futebol;


- Lutaremos pela implantação de uma biblioteca com títulos e obras atualizados para qualificar ainda mais os processos de aprendizagem e conhecimento;


- Lutaremos pela mudança no Estatuto do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e dos DAs para que voltem ao regime presidencialista como medida fundamental, essencial, para fortalecer o movimento estudantil. Essa discussão estará posta no segundo semestre e acreditamos que, da forma como está o processo atualmente, só enfraquece as lutas e o movimento estudantil. 
  

Fale conosco
Essas algumas das nossas propostas, mas queremos construir esse processo de gestão de forma democrática e com a participação de TODOS. Envie suas ideias e sugestões. Faça parte desta História.
Twitter: @AtitudeVirAcao
E-mail: chapa2atitudeviracao@gmail.com

Atitude VirAção levanta o debate sobre o apagão intelectual no curso de História

O debate de ideias qualifica qualquer processo e fortalece os movimentos sociais. Fiquei feliz em ver a Chapa 1 para o DA de História da UCS adotando em seu material muitas das propostas apresentadas pela Chapa 2, intitulada Atitude VirAção, da qual faço parte.
                                                                                              
                                                                                             
Por ser tratar de situação, a Chapa 1 já poderia ter implementado muitas das propostas apresentadas pela Chapa 2, como, por exemplo, iniciar o debate em torno do apagão intelectual que o curso vem sofrendo com a saída de professores e a não-reposição de outros docentes, o que acaba prejudicando a pesquisa, a formação e a qualificação profissional, além de trazer sobrecarga aos demais professores.


Essa situação vem ocorrendo nos últimos cinco anos, mas ganhou destaque neste processo eleitoral a partir do debate levantado pela Chapa 2 no início e ao longo deste semestre, antes da composição da nominata do grupo.  Cabe ressaltar que antes disso não havíamos vislumbrando qualquer debate em torno da precarização do curso ou qualquer manifestado de protesto à situação, de cobrança junto à reitoria, ou de chamamento do colegiado para colocar esse tema em pauta, na ordem do dia.


Propomos desencadear um movimento intenso para reverter essa situação e para fortalecer e qualificar o nosso curso.                  
                                                                                      
Outro ponto que destacamos em nossa campanha é a abertura do jornal Baseado na História para publicação de síntese/resumo dos textos e artigos de todos os acadêmicos, com a criação de um blog para colocar a íntegra dessas produções e outras que os alunos julgarem necessárias.


Essa é só uma parte das ideias e propostas que temos para qualificar o curso de História e a nossa formação como futuros professores ou pesquisadores.

Conheça as propostas da Chapa 2, tome uma Atitude e venha fazer parte desta VirAção. Faça parte desta História. Participe do debate desta quarta-feira, às 20h, no auditório do Bloco H.

A tristeza do Sapo Rei da BR-116

A soberania do Sapo Rei da BR-116 está ameaçada com a assinatura do contrato entre a prefeitura de Caxias do Sul empreiteira Toni Incorporadora e Construtora nesta terça-feira a construção de passarela no São Ciro.

O Sapo Rei que reinava absoluto naquela rodovia, desafiando os gestores públicos de Caxias do Sul, está com os dias contatos para ser desenterrado de vez. Espera-se que não surjam novos entraves para barrar a execução daquela obra de extrema importância para aquela população, que já contabiliza muitas tristezas por conta das tragédias que ceifaram desde 2008 a vida de um estudante de 11 anos e de um aposentado de 87 anos mais recentemente.


Espera-se que a empreiteira Toni tenha, entre os seus equipamentos, uma escavadeira articulada para abrir valas e retirar de uma vez por todas o Sapo Rei, destronando-o do poder, deixando-o sem cora e sem topete.

A conquista, sem dúvida, é da comunidade, mas não podemos negar a ação política empreendida pelos deputados Assis Melo (PCdoB-RS), e Manuela D´Avila (PCdoB-RS). O primeiro fez o pedido ainda em 2008, e a segunda entrou com emenda parlamentar no Orçamento da União, garantindo em 2009 o valor de R$ 299 mil para a obra, mais contrapartida da prefeitura, que era de R$ 110 mil. Como o dinheiro repousava em cofre esplêndido desde então, os valores de mercado subiram, e a prefeitura teve de fechar contrato de R$ 469.625,46.  

Políticos são eleitos para nos representar, com o voto do povo na urna, o que representa muito mais do que um algarismo ou um pedaço de papel. É uma procuração em branco, um atestado de confiança. Portanto, quando esses políticos caminham para fazer jus a essa confiança do povo também é justo dar-lhes créditos. 

O deputado Assis, por exemplo, travou uma árdua batalha e uma longa peregrinação pelos poderes e órgãos públicos, como Dnit, ANTT, Daer, Ministério dos Transportes, Secretaria de Infraestrutura Logística e Secretaria Transportes e Mobilidade Urbana de Caxias Caxias, em âmbito nacional, estadual e local, respectivamente. As audiências com o prefeito José Ivo Sartori (PMDB) também foram várias.    

terça-feira, 28 de junho de 2011

Manifesto da Chapa 2 denuncia apagão intelectual no curso de História da UCS

O curso de História da UCS está na iminência de um apagão. O sinal de alerta foi acionado nos últimos cinco anos com a saída de professores catedráticos importantes para a qualificação do ensino como Arthur Barcellos, José Alberione dos Reis, Rejane Jardim e Loraine Slomp Giron.


                          Fotos Soraya Maia 
Atitude VirAção é o nome da Chapa 2 para o DA de História


Esse capital intelectual simplesmente desapareceu do curso, sem qualquer movimento para pressionar a reitoria a contratar outros docentes para ocupar essas vagas abertas. O cenário futuro não é nada animador se continuarmos a aceitar de braços cruzados a saída de mestres fundamentais na socialização de conhecimento e na formação de historiadores qualificados. Pelo menos duas outras professoras estão encaminhando as suas aposentadorias, ampliando esse hiato desabonador.

Esse manifesto não é um documento de repúdio, mas um contraponto às formas de gestão como vem sendo conduzido o DA de História. Não dá, enquanto movimento estudantil, para silenciar diante desses fatos que sinalizam para o enfraquecimento do curso de História e, consequentemente, para a formação dos futuros professores e historiadores que sairão da academia.

Não podemos assistir na inércia e com apatia esse esfacelamento do ensino superior.  Com as fendas abertas na área do conhecimento específico, outro problema tem despontado no curso. Professores com especialização e linha de pesquisa em áreas específicas estão sendo sobrecarregados, tendo de assumir turmas de outras disciplinas sobre as quais não detêm o conhecimento aprofundado. Os docentes não são os culpados desta realidade, deste quadro negro. Mas, nós, acadêmicos de História, não podemos nem devemos aceitar essa imposição da reitoria, que precariza o ensino na UCS, que, por sua vez, vai refletir em outra ponta: na rede de ensino pública ou privada que vai absorver esses profissionais e até nas organizações onde os nossos historiadores do futuro vão atuar.

Temos de tomar medidas concretas e urgentes para reverter esse cenário desolador que paira sobre o curso de História da UCS, no auge dos seus 50 anos. Temos autoridade, enquanto DA de História, de liderar esse movimento e de promover esse debate na UCS, dando vez e voz a todos acadêmicos e participando ativamente do colegiado do curso de História, onde passam todas as decisões pertinentes ao curso. Mas, infelizmente, esse não foi o caminho adotado pela atual gestão que hoje nos representa.

Precisamos ainda promover uma grande debate junto às prefeituras e legislativos da região para lutar por mudanças na lei dos concursos públicos, que obrigam historiadores a estudarem e ministrarem aulas de Geografia e vice-versa sem que os profissionais tenham formação em uma ou outra área. Os concursos seguem ainda os modelos do passado, quando os acadêmicos cursavam seis anos para atuarem como professores de OSPB (Organização Social e Política do Brasil) e Moral e Cívica. 

Integrantes da Chapa 2 - Atitude VirAção participaram ativamente da escolha
dos delegados para o Congresso da UNE, elegendo 16 representantes 


Por isso, nós, da Chapa 2, intitulada Atitude VirAção, nos apresentamos como alternativa neste processo eleitoral para promover esse debate de ideias com os colegas do curso de História. Queremos fazer uma gestão democrática e diferente frente ao DA de História para que a nossa história seja escrita de forma diferente e não por caminhos tortuosos.


  
Pensata
 “Os homens fazem a sua própria história, mas não o fazem como querem... a tradição de todas as gerações mortas oprime como um pesadelo o cérebro dos vivos”.
Karl Marx




Quem é quem

Chapa 2

COORDENADOR: Jônatas Herrmann Dornelles (Caxias do Sul)
1° VICE: Andréia Chemello (Caxias do Sul)
2° VICE: Vinícius Passarella (Caxias do Sul)
1° TESOUREIRO: Yuri Vanzin (Caxias do Sul)
2° TESOUREIRO: Cláudio da Costa (Veranópolis)
1° SECRETÁRIO: Roberto Carlos Dias (Caxias do Sul)
2° SECRETÁRIO: Danúbia Otobelli (Flores da Cunha)



Veja quem está com a chapa 2

Rafael Bueno (Caxias do Sul). Sharon Vieira (Caxias do Sul), Kleber Teixeira de Souza (Caxias do Sul), Daniel da Silva (Bento Gonçalves), Marcelo Pozzer (Farroupilha), Fransua Francischetti Melo (Caxias do Sul), Guilherme Griebler (Caxias do Sul), Danieli Carolini Kuze (Caxias do Sul), Diego Angeli (Caxias do Sul), Maria Goreti de Medeiros Stoffelshaus (Caxias do Sul) Fabiano Rolim (Nova Petrópolis); Wellington Rafael Balen (Caxias do Sul) Camila Stuani (Flores da Cunha), Carlos Sandi (Caxias do Sul), Daniela Barbosa Maino (Caxias do Sul), Denise de Souza (Caxias do Sul), Elis Regina Teixeira Vivian (Caxias do Sul), Leonilda Maria Teixeira (Caxias do Sul), Gisele Lumertz de Souza (Caxias do Sul), Juliana Zanettini (Caxias do Sul), Mateus de Medeiros (Caxias do Sul), Nadini Vacari (Caxias do Sul), Patricia Smaniotto (Farroupilha), Silesia Catia da Silva (Flores da Cunha) Vanessa Francescato (Caxias do Sul), Roseclei Dutra (Caxias do Sul), Rita Braga da Silva (Caxias do Sul), Vanessa Dallegrave (Caxias do Sul), Roque Júnior (Caxias do Sul).



terça-feira, 21 de junho de 2011

A história do Rei Sapo da BR-116

A julgar pelos imbróglios em torno da construção de passarela na BR-116, acho que tem sapo enterrado naquela rodovia. E a prefeitura parece não estar conseguindo encontrar uma cavadeira articulada para desenterrar o bicho do lugar. E a obra, segue à espera de uma empresa, num cenário de incertezas.  

Entenda o tamanho do feitiço que ronda a administração do prefeito José Ivo Sartori (PMDB). Os R$ 300 mil conquistados para a passarela da BR-116, no bairro São Ciro, repousam em cofre esplêndido desde 2009. Isso mesmo, não é berço, é cofre. Os recursos foram garantidos por meio de emenda parlamentar da deputada Manuela D´Avila (PCdoB-RS), atendendo pedido do hoje deputado federal Assis Melo (PCdoB-RS).
Pois bem. Desde então, a prefeitura de Caxias engatinha atrás de uma solução. Antes, faltava autorização de órgão oficial que se responsabilizasse pela rodovia. Leia-se Dnit, Daer, ANTT, etc... O documento autorizando a construção da passarela naquele trecho urbano violento saiu, enfim, no mês de abril deste ano. Mas não foi suficiente para desenterrar o sapo da BR-116, onde reina com poder absoluto.
O governo Sartori abriu licitação, mas no primeiro certame não houve empresa interessada em executar a obra por R$ 410 mil (R$ 300 mil da emenda e mais R$ 110 mil da contrapartida da prefeitura). No segundo lote, surgiu a empresa RPP Empreendimentos Imobiliários para executar a obra. Mas, não era desta vez que o sapo seria desenterrado. A candidata à obra apresentou orçamento em torno de R$ 600 mil, ou seja, 50% a mais sobre o orçado, o que tornaria a contratação inviável por conta da lei. Sempre ela. A salvaguarda lei que engessa os poderes e dá sustentação para a falta de iniciativa política. Ou falta de vontade política para fazer.
Agora, as últimas notícias apontam para a vitória do sapo. Prefeitura e Caixa Econômica Federal não conseguiram convencer a candidata RPP a aceitar preço menor, que desistiu na última segunda-feira, dia 20 de junho. Não se confundam. Não estou falando de candidata à rainha da gloriosa Festa da Uva. Isso mesmo aquela que estão discutindo se mantém ou não o topete das soberanas, que parece ter mais valor do que obras importantes para o interesse da coletividade, como a passarela.
Diante do novo cenário, o secretário da Fazenda, Carlos Búrigo (PMDB), diz que a prefeitura está em tratativas com duas ou três empresas para ver se consegue assinar contrato até a próxima semana, sem licitação. Entretanto, o tempo urge, e o governo Dilma Rousseff (PT) estabeleceu como último prazo para usar o dinheiro o dia 30 de junho. Será que vai dar tempo de desenterrar o sapo ou vamos coroá-lo como REI. Só não sei se ele terá topete ou não. 


E, para finalizar, na semana passada, foi constituída uma comissão pró-passarela da BR-116 do bairro São Ciro, formada por lideranças comunitárias de 8 Amobs, UAB, Direção da Escola Erico Veríssimo, CPM e Grêmio Estudantil do respectivo colégio, que já perdeu um aluno em 2008, atropelado, naquele famigerado trecho violento.  A comissão tenta uma audiência com a prefeitura para fazer um apelo pela obra. Búrigo está vendo um horário para ver se consegue receber os representantes da comunidade, do povo, nesta quarta-feira.    

Tributo à juventude

Acreditar em sonhos é acreditar em ideais, em um mundo socialmente justo, com igualdade de direitos e distribuição de renda. Ver os jovens empunhando bandeiras e levantando sua voz para fazer o ecoar o grito de liberdade, de rebeldia, é um alento para acreditarmos em dias melhores.
Jovem precisa extrapolar na sua rebeldia, mas que seja uma rebeldia com causa e ideais. Não existe horizonte sem luta nem luta sem necessidade.  É essa disposição que me move a assumir a identidade do movimento estudantil com suas lutas, justas e legítimas, que resolvi assumir a condição de integrante da Chapa 2 para o Congresso da UNE, porque acredito ser possível  transformar sonhos em realidade. 
A juventude precisa estar representada por quem de fato acredita e luta por mais direitos.  Veja as nossas propostas no nosso link: http://sonhorealidadechapa2ucs.wordpress.com/.     

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Médicos do SUS vão bater cartão, diz Sartori

quinta-feira, 16 de junho de 2011

A ociosidade da UCS e o limite da ganância

A ociosidade e a ganância transitam em uma linha tênue quando os interesses são econômicos e financeiros. Nas discussões de extensão da UFRGS para a Serra, o reitor da UCS, Isidoro Zorzi, tem defendido ser contra a construção de estrutura física nova e defende a ocupação de espaços ociosos na universidade onde é Rei-Tor. Para pleitear essa parceria com a União (alugada, óbvio), Isidoro tem desfiado um rosário de argumentos, dizendo inclusive que a UCS é comunitária, pública, porque 44% das suas decisões estão nas mãos do Estado (leia-se governos federal, estadual e municipal com assento no Conselho Diretor da FUCS).

Nesta sexta-feira, tem nova rodada de discussão em torno da extensão da UFRGS na cidade de Santa Tereza. E lá deve estar novamente o Rei-Tor reforçando sua tese na condição de presidente do Corede Serra.

Dentro deste conceito de ociosidade, surgem ainda as salas e laboratórios equipados e vazios e o excelente quadro de profissionais, com alta formação acadêmica. Até aí, tudo bem. Existe uma ponta de verdade em tudo isso. Mas se tratando de uma universidade federal pública, resta saber em qual horário o trabalhador ou o filho do trabalhador poderá desfrutar do sonho de cursar uma faculdade e, quem sabe, virar Doutor. A ociosidade na UCS, destacada pelo Rei-Tor, é perceptível, mas nos turnos da manhã e tarde.

À noite, o sofrimento é geral para quem estuda na UCS. Tenho ficado diariamente em torno de 40 minutos rodando, tonteando, ou simplesmente parado em uma das tantas filas que se formam nos estacionamentos à noite. Fico lá à espera que uma alma viva retire seu carro e libere uma vaga para estacionar.

A situação está insustentável, caótica. A capacidade dos estacionamentos está saturada, não há mais espaços, e chegar na aula no horário (19h40min) virou um desafio para quem trabalha durante o dia. Eu, particularmente, sempre perco em torno de 30, 40, 50 minutos de aula. E o prejuízo é duplo. Estou pagando um preço alto por algo que não posso aproveitar na sua totalidade e ainda tenho de amargar a perda de conteúdos e conhecimentos importatíssimos, fundamentais para ampliar o capital intelectual. Mas isso é algo que não interessa para o capitalismo. Afinal, mentes pensantes não são bem-vindas e oferecem riscos às estratégias de quem detém o poder econômico.

Se a UCS fechasse convênio com a UFRGS para alugar os espaços ociosos, o trabalhador, que, na sua maioria esmagadora, tem jornada extensa durante o dia, ficaria tolido de estudar à noite? Que conquista seria essa? Neste caso, a universidade federal viria para a Serra para fortalecer as estruturas do capital e do poder econômico estabelecidos no ensino superior privado e não como uma altertiva real, viável e concreta para quem trabalha. Essa leitura e esse debate sobre a tentativa de atrelar a extensão da UFRGS ao poder econômico dominante (ou reinante) precisam ser feitos, até porque a Reitoria da universidade federal já sinalizou que a ideia não é fazer "sombreamento" para as universidades privadas já instaladas, de oferecer cursos que já existam, etc...

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Terceirização ou carteira de trabalho rasgada?

Os trabalhadores sofreram um dos mais fortes e duros golpes em Brasília, de onde, teoricamente, emana o poder do povo para o povo, com a legitimização concedida pelos eleitores aos seus representantes políticos. Ironicamente, o golpe certeiro veio da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP), da Câmara Federal, no dia 8 deste mês. Por 17 votos a 7, os trabalhadores amargaram uma derrota sem precedentes na história recente da democracia brasileira com a aprovação de uma proposta do deputado Sandro Mabel (PR-GO), proprietário da empresa de biscoito Mabel. O projeto estende a terceirização para as chamadas atividades-meio, revogando com isso norma do TST que limita a terceirização às atividades-fim. E pior. Permite a quarteirização, como batizaram as centrais sindicais, com a subcontratação de atividade especializada, e possibilita que a empresa contratante fique responsável apenas pelos direitos do trabalhador terceirizado.
E o pior de digerir é que esse golpe do capitalismo nefasto teve a mão, o braço, o apoio, o patrocínio e a promoção de deputados do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), que, conceitualmente, surgiu em dois momentos da História do Brasil com o propósito de defender os trabalhadores: o primeiro de 1945 a 1965, sendo recriado após a Abertura do Regime Militar.
Os deputados do PCdoB, Assis Melo (RS) e Daniel Almeida (BA), dois operários, vinculados aos trabalhadores de chão de fábrica, até tentaram escrever a história de forma diferente, apelando para que a matéria não fosse submetida à votação por ter a Câmara dos Deputados recentemente criado uma comissão especial para avaliar as pautas envolvendo o mundo do trabalho. Não teve jeito. Como os trabalhadores, os deputados classistas foram golpeados pelo poder econômico que emana da Comissão de Trabalho, onde a maioria dos seus integrantes é formada por empresários.
É preciso voltar à História política do Brasil para entender a fundamentação político-teórico-ideológico que deram formação aos partidos e aos ideais que moviam as lideranças de outrora. Se formos olhar sob essa ótica, o PTB, de Getúlio Vargas, de sua neta, Ivete Vargas, de Alberto Pasqualini e outros tantos, direcionou o seu (des) caminho para a política de interesse do capitalismo, que, sem dúvida, não é da maioria do povo, formada por uma massa de assalariados ou em condições de trabalho precarizadas. 
O PTB foi fundado no Rio de Janeiro (então Distrito Federal), em 15 de maio de 1945 “sob a inspiração de Getúlio Vargas, seu maior líder e no bojo do Queremismo, Movimento popular cuja definição era Queremos Getúlio e que propunha uma Assembleia Constituinte com Getúlio na presidência da República. Além de Getúlio, a fundação do PTB foi articulada pelo seu ministro do Trabalho, Alexandre Marcondes Filho”, com bem reproduz a Wikipedia.
A base eleitoral do PTB era o operariado urbano, com forte ligação com os sindicatos. Ideologicamente, as raízes do PTB são o castilhismo gaúcho, o positivismo, traços da social-democracia e do pensamento de Alberto Pasqualini, o maior ideólogo do PTB.  Com essa votação na Comissão de Trabalho, a valorosa Carteira de Trabalho criada por Getúlio torna-se uma página virada na vida do trabalhador se considerar os discursos por mais direitos e conquistas quando da sua implementação.    
Pois bem. Todo esse histórico de luta que levou o PTB de Getúlio Vargas a galgar o posto mais alto do poder, o da Presidência da República, ficou arranhado.
O projeto da terceirização proposto pelo empresário Sandro Mabel teve a relatoria e parecer favorável do deputado Sílvio Costa (PTB-PE), que também é presidente da Comissão de Trabalho. Durante a votação, por conta desta relação umbilical com a proposta de Mabel, o trabalhista (?) Sílvio Costa passou a presidência e a condução dos trabalhos para o seu companheiro de sigla, o também trabalhista (?) Eros Biondini (PTB-MG), que é o primeiro vice-presidente da Comissão de Trabalho.
Os comunistas Assis e Daniel transformaram o inconformismo com a manobra em recurso junto ao plenário da Câmara na esperança de que o presidente, Marco Maia (PT-RS), outro parlamentar forjado nas raízes do sindicalismo como líder metalúrgico, acate o pedido, colocando-o em votação. Mas ainda não tem data definida.
Outro integrante da Comissão de Trabalho, igualmente vindo do chão de fábrica, deputado Vicentinho (PT-SP), sintetizou o significado da votação em uma única frase:
 "Do jeito que está o projeto, tudo pode ser terceirizado.”
Vicentinho refere-se à precarização e a retirada de mais direitos dos trabalhadores na cruel e selvagem relação entre capital e trabalho.     
   


Empresário Sandro Mabel, autor da proposta de terceirização, quarteirização...
Crédito da foto: Beto Oliveira/Câmara dos Deputados

domingo, 12 de junho de 2011

Câncer coloca a aguerrida Geci Prates em coma

É com muita lastima que recebi a notícia sobre a gravidade do quadro de saúde de Geci Prates, 68 anos, que encontra-se internada no Hospital Saúde. Geci trava uma luta há mais de seis contra câncer e está em coma desde sexta-feira. Olívio Dutra esteve há duas semanas em Caxias, visitando-a e convidando-a para o seu aniversário de 70 anos, completados na sexta e comemorado no sábado. Geci queria muito ir ao aniversário de Olívio. Já tinha comprado roupa e uma peruca nova, mas a agressividade do câncer a fez tombar. A doença começou na mama, passou para os ossos e chegou ao cérebro.

Olívio Dutra está chegando daqui a pouco, neste domingo, dia 12 de junho, no Hospital Saúde para visitá-la.
  
O PT não seria o PT de hoje se não tivesse militantes tão aguerridas como Geci, que iniciou sua participação política nas Juventudes Operárias Católicas (JOCs). Fui integrante da JOC, na década de 80, e lembro-me dos produtivos debates protagonizados por Geci para que a classe operária travesse a luta por mais direitos.

Sindicalista, Geci foi fundadora do PT, junto com Lula e Olívio Dutra, e da CUT. Foi a primeira mulher candidata a vice-governadora do Rio Grande do Sul, em 1982, ao lado de Olívio Dutra. Trabalhou nas prefeituras de Caxias do Sul e de Porto Alegre e é uma das responsáveis pela recuperação da Usina do Gasômetro, hoje um dos espaços culturais mais significativos da Capital.

A história e a militância de Geci, que chegou inclusive a presidir ao PT caxiense, rende, sem dúvida, uma bela obra sobre a participação da mulher na política e na militância sindical.  

sábado, 11 de junho de 2011

Amor sem receita

A vida é o maior AMOR que podemos conquistar em nossos caminhos, por ora tortuosos, por ora floridos. A existência nos trouxe ao plano terreno para que fôssemos colocados à prova. E neste contexto, no mais amplo sentido da palavra: de viver uma paixão loucamente, de viver um amor sem limites, sem fronteiras, de viver intensamente ao lado de outra pessoa com todos esses sentimentos, de sonhar com uma vida cercada de cumplicidade, respeito, admiração e AMOR.
As perdas fazem parte dessa coexistência e, novamente, é preciso recorrere ao celeiro do AMOR para reencontrar a química que já não comporta mais na relação que finda, mas que também guarda boas lembranças. Não importa o caminho que tenha de trilhar. É preciso estabelecer um roteiro, um script, tendo como fio condutor uma palavra-chave: FELICIDADE. Mas sem um texto finalizado, acabado. Sem um fim programado. 
Esses ingredientes, por ora doces, por ora amargos, dão substância à ressignificação da vida, da existência humana.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Análise do contexto contemporâneo

Esse blog foi criado com a finalidade de interagir com os internautas/leitores sobre os mais diversos temas do nosso cotidiano, especialmente do universo da política comtemporânea. O nome do Blog Pimenta com açucar surgiu como uma homenagem às conhecidas especiarias descobertas no Brasil durante o achamento do país por portugueses. A inspiração também veio dos bons debates promovidos em sala de aula pela grande mestre/doutora Marília Conforto, na disciplina de Brasil I do curso de História da UCS, dentro do contexto econômico da pimenta e da cana-de-açucar.
Entetanto, para este canal ter sucesso, sua participação é vital, fundamental, eu diria. Ajude a construir um mundo diferente e socialmente justo, emita sua opinião, critique, opine, sugira, mas jamais deixe de tecer críticas e comentários.

Abraços
Roberto Carlos Dias