segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Credibilidade jornalística é honra que não se apaga com panfletos apócrifos

Credibilidade, ética, profissionalismo e compromisso com as pautas sociais, que envolvem diretamente a vida do povo. Esses são os pilares que dão sustentação à minha trajetória profissional e de vida. Afinal, senti na pele as agruras e o dissabor de experimentar a extrema pobreza e a exclusão social, ou seja, as dificuldades que hoje são realidades em muitos lares não só de Caxias do Sul, mas do Estado e do Brasil.

Enfrentei os obstáculos do passado com muita garra e determinação e fiz das palavras minha arma para combater as injustiças sociais quando optei pelo Jornalismo como ofício profissional. Isso não é demagogia nem tampouco a busca pelo populismo. A prova desta conduta está atestada na memória, nos arquivos de jornais por onde passei, como a extinta Folha de Hoje e o Pioneiro.

Dos 20 anos que atuei na imprensa escrita de Caxias do Sul, 12 deles dediquei ao Jornalismo Político, área na qual me especializei ao fazer pós-graduação em Comunicação Jornalística e que hoje aprofundo os conhecimentos com os estudos no curso de História da UCS e com o envolvimento direto com a política partidária por estar na assessoria de imprensa do deputado federal Assis Melo.  

No arquivo Histórico João Spadari Adami e na Hemeroteca do Jornal Pioneiro é possível encontrar parte da minha visão de mundo por meio de matérias e reportagens jornalísticas que assinei sobre o desenvolvimento, o direito à moradia, à saúde, à educação, ao transporte coletivo de qualidade e à justiça salarial no mundo do trabalho. Tanto são verdadeiras essas informações que os prêmios que conquistei na carreira de jornalista sustentam esse relato.

Ao retratar os problemas do transporte coletivo urbano de Caxias do Sul em uma série de reportagens publicadas no Pioneiro, intitulada “Quem reclama tem razão”, ganhei o Grande Prêmio Pioneiro/RBS.

                                 Foto Rocha Dio/Divulgação 
15º Prêmio Stecergs de Jornalismo recebido das mãos do prefeito de Gramado Pedro Bertolucci em 08/06/2002


O reconhecimento também veio por meio de outro prêmio concedido pela Setcergs, na categoria Jornalismo Impresso, por ter descrito em um caderno de 12 páginas as dificuldades dos caminhoneiros, trabalhadores que fazem das estradas deste Brasil afora o seu ganha pão. Encarei uma viagem de seis dias, de Bento Gonçalves (RS) a Recife (PE), na boléia de um caminhão para apresentar as dificuldades das estradas, os perigos de assalto, a alimentação desregrada, a extensa jornada de trabalho, o sono, os medicamentos para manter-se acordado, as orações por ondas de rádio, enfim os percalços para cumprir os prazos de entrega da carga.

Outro prêmio que considero de extrema importância foi o Troféu Gari, categoria Imprensa, recebido em 2007 do Sindilimp por ter destacado, na condição de jornalista do jornal Pioneiro, o valor desta grandiosa categoria que cuida da limpeza urbana da cidade, das ruas, e por ter denunciado o não-cumprimento de direito trabalhista por determinada cooperativa.

Aliado a isso, muitas das matérias que produzi foram para valorizar e estimular os movimentos sociais, como o Carnaval de Rua e os Direitos Humanos, além de ter sido setorista do Hospital Geral (HG), antes de abrir as portas, e da Rota do Sol, antes de a rodovia estar concluída.  Muito me empenhei para manter esses dois temas nas manchetes do jornal por entender a importância de ambos para o coletivo de uma cidade e para o desenvolvimento da região e do Estado.

Se esse histórico de lutas, construído com as armas de uma caneta e um bloco na mão, são ações para favorecer a burguesia, quero honrar o título de burguês, mas das causas nobres do povo, porque nasci e me criei no antigo Burgo, hoje bairro Jardelino Ramos.
No início dos anos 90 quando inciei no Jornalismo como revelador de filmes e fotos no laboratório fotográfico (P/B) da  Folha de Hoje


Sinto orgulho de ter trabalhado no Pioneiro e conquistado o respeito de editores, colegas repórteres e de diversos setores da sociedade nas defesas que fazia das pautas de cunho social para que estivessem contempladas no jornal diário da cidade. Aprendi muito na redação do Pioneiro e cresci, tanto como profissional quanto como pessoa. Essa condição faz parte da minha história de vida e jamais omitirei isso. Portanto, não adianta usar de panfletos apócrifos para tentar me rotular como porta-voz da burguesia, da elite, por ter trabalhado no “Pioneiro/RBS/Rede Globo”, como diz o último panfleto de ataque à minha pessoa que está circulando na UCS, usando deste histórico profissional para me apresentar como integrante do “PIG (Partido da Imprensa Golpista).”

Quando optei pelo PCdoB, como partido, tinha a convicção ideológica de que as ideias comunistas dialogavam com o lado onde sempre estive, ou seja, do povo, exercendo o meu protagonismo político junto aos movimentos sociais de base, sem filiação partidária na época. Isso é praticar o Socialismo. Isso é lutar por um mundo mais justo, humano e igualitário. Isso é fazer política de massas. Portanto, se o meu nome hoje circula como alternativa para outros desafios é porque tenho história. E quem tem história, disciplina, lisura e correção não teme embates nem foge da luta. Dito isso, assumirei as tarefas que o meu partido, o PCdoB, confiar a mim.        

    
  

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Inauguração da Fundação Maurício Grabois Serra Gaúcha reúne mais de 150 pessoas

 Com o auditório do Salão de Atos da Reitoria da Universidade de Caxias do Sul (UCS) lotado por mais de 150 pessoas, a Fundação Maurício Grabois instalou seção inédita na Serra Gaúcha na última sexta-feira, dia 16 de setembro. A inauguração ocorreu com palestra com o seguinte título: “O declínio do capitalismo no mundo contemporâneo e os reflexos da crise econômica internacional no Brasil a partir da revisão de teses marxistas.” A temática foi abordada pelos debatedores Maria Carolina Rosa Gullo, doutora em Economia, Raquel Sebastiani, mestre em Sociologia, e Lécio Morais, mestre em Ciência Política e coordenador da assessoria da Liderança do PCdoB na Câmara dos Deputados.

                                                         Fotos Paulo Pasa/Divulgação
Roberto Carlos assume coordenadoria-geral da Grabois Serra


O evento contou ainda com participação do diretor administrativo e financeiro da Fundação, Leocir Costa Rosa, e do coordenador da seção da Grabois no Rio Grande do Sul, Daniel Sebastiani.  Entre a numerosa plateia formada por acadêmicos de diversos cursos superiores, docentes e lideranças de movimentos sociais, estavam o deputado federal Assis Melo, o presidente do PCdoB caxiense, Silvio Frasson, o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil do RS (CTB-RS), Guiomar Vidor, o presidente da Fundação Universidade de Caxias do Sul (Fucs), Roque Grazziotin, entre outras autoridades. A palestra teve mediação do jornalista e acadêmico de História Roberto Carlos Dias, empossado como coordenador-geral do núcleo da Fundação Maurício Grabois Serra Gaúcha.

Assis Melo (camiseta branca) e Silvio Frasson (E, de jaqueta jeans) atentos ao debate


Antes da palestra, Leocir e Sebastiani falaram em nome da fundação. O dirigente nacional destacou que o papel central da fundação é capilarizar as ideias ao mencionar a existência de mais de 24 mil fotos e mais de 30 mil documentos que estão sendo digitalizados no Centro de Documentação e Memória (CDM). As publicações da fundação, prosseguiu Leocir, priorizam temas como meio ambiente, economia e desenvolvimento, além de servir como importante instrumento de formação política por meio da escola, que já capacitou 2,5 mil pessoas. Sebastiani endossou as palavras de Leocir e elogiou a iniciativa da Serra de constituir uma seção própria. 

Leocir, diretor da Maurício Grabois, destacou a capilarização de ideias
  

Após, as considerações dos representantes da Grabois, Raquel fez uma abordagem voltada ao contexto histórico, da origem do capitalismo no mundo, com uma crítica acentuada na confusão que esse sistema cria entre bancos e empresas monopolistas, que tratam o trabalho como mercadoria. 
Maria Carolina discorreu sobre o impacto com olhar na economia regional e na geração de empregos.  A palestrante dividiu com a plateia que se fosse questionada sobre qual a crise que mais lhe preocuparia não teria dúvidas em afirmar ser a Européia.

“Há cinco, sete anos, ninguém falava do Brasil, Rússia, China e Índia. A geopolítica mudou. O que me preocupa é a crise além-mar. Importamos da China, mas também importamos muito da Itália Com isso o reverso pode acontecer, com imigração acentuada de mão de obra vinda para todos os lugares”, alertou Maria Carolina, destacando que o crescimento na região foi menor, mas em contrapartida a indústria a teve a maior média de crescimento.

Professora Maria Carolina (D) e Raquel (E) relacionaram origem do capitalismo 


Já Lécio Morais abordou os reflexos da crise internacional no Brasil, com considerações sobre a experiência de 2008 e a expectativa atual. O cientista político considera a crise atual um reforçamento da de 2008.

“O que o Brasil passou em 2008 não foi barato. Perdemos todo o crescimento de 2009. Os investimentos permitiram que o governo saísse com o prejuízo muito pequeno. O governo Lula teve a ousadia de fazer políticas que nunca aconteciam. A crise é própria do capitalismo. Essa crise de 2008 é mais devastadora, talvez, se comparada à da década de 30. Enfrentamos a crise com ousadia e a experiência nos ensinou que temos condições de enfrentar a crise atual, que antes era só do centro capitalista, mais preparados.”

Lécio Morais contexttualizou atual crise com a de 2008


Na condição de membro titular da Comissão do Trabalho, Administração e do Serviço Público, o deputado Assis Melo considerou importante o debate e a contribuição da Fundação Maurício Grabois, mas fez uma ressalva que a crise não pode ser vista apenas no espectro econômico, mas também sobre o ponto de vista político.

“Temos de debater como o pré-sal, por exemplo, pode ajudar no enfrentamento da crise”, sugeriu o deputado.  

Antes de encerrar a atividade, Roberto Carlos apresentou os demais coordenadores que o ajudarão a colocar em prática os projetos e objetivos da Grabois Serra Gaúcha.



 

Coordenações da Fundação Maurício Grabois Serra Gaúcha*

Coordenação-Geral: Roberto Carlos Dias (Jornalista diplomado pela Universidade de Caxias do Sul (UCS). Pós-graduado em Comunicação Jornalística, com linha de pesquisa voltada à interferência da mídia na decisão do voto, tanto em eleições como votações de projetos polêmicos na esfera Legislativa, em âmbito nacional, estadual e local. Atualmente, cursa História na UCS, tendo pesquisa direcionada à negação do conceito de Feudalismo no Brasil a partir da obra de Caio Prado Jr. Trabalhou por 20 anos na imprensa caxiense, nos jornais diários Folha de Hoje e Pioneiro. Nesse último, ficou por quase 15 anos, exercendo as funções de repórter, editor e colunista de política).

Coordenação Política: Déo Gomes (Graduado em Odontologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e ex-vereador de Caxias do Sul por dois mandatos, no período de 1996/2004. Também presidiu o DCE da UFGRS, o PCdoB caxiense por longo período e a Câmara de Vereadores de Caxias do Sul).

Coordenação de Projetos e Pesquisa: Dolores Sanches Wünsch e Vania Beatriz Melotti Heredia.
Dolores: (Graduação em Serviço Social pela Universidade de Caxias do Sul, mestrado em Serviço Social e doutorado em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Atualmente, é professora do Curso de Serviço Social da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Como assistente social, atuou na área de reabilitação profissional, previdência social, saúde do trabalhador e assistência social. É pesquisadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Saúde e Trabalho (NEST/UFRGS), com participação em pesquisas e estudos relacionados à saúde do trabalhador e à proteção social.

Vania Beatriz Merlotti Heredia: pós-doutora em História, coordenadora do curso de Licenciatura em Sociologia da UCS. Possui graduação em Ciências Sociais, sendo Bacharel pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1984), e tendo também Licenciatura Plena pela mesma universidade (1984). Graduação em Curso de Estudos Sociais - 1º Grau Licenciatura Curta pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1982), graduação em Curso de Filosofia, licenciatura plena pela Universidade de Caxias do Sul (1973). Mestre em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1978) e doutorado em História das Américas pela Universidade de Gênova-Sede Descentralizada em Turim, Itália (1992). Professora titular da Universidade de Caxias do Sul. Atuou como responsável pela Coordenadoria de Pesquisa da Instituição no período de 2002-2006. Atua na graduação e na pós-graduação dessa universidade. Tem experiência na área de Sociologia, com ênfase em Sociologia da Saúde e Sociologia do Trabalho, principalmente nos seguintes temas: idoso, trabalho, envelhecimento, história econômica do Rio Grande do Sul, história econômica de Caxias do Sul e estudos emigratórios. Atua no ensino superior desde 1974 e possui diversas publicações nas áreas citadas. Foi coordenadora da área de Ciências Humanas e Sociais da FAPERGS e participa de vários comitês editoriais. Faz parte da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia e é membro do Instituto Histórico de São Leopoldo desde 2006.

Coordenação de Temáticas: Julice Salvagni e Ricardo Baldazzare.
Julice: (graduada em psicologia, especialista em gestão e mestre em ciências sociais – área na qual está encaminhando o doutorado. Atualmente, atua como psicóloga clínica e do trabalho e é docente de psicologia na Universidade de Caxias do Sul).

Ricardo Baldazzare: Graduação em Sociologia, especialização em Educação de Jovens e Adultos (EJA), mestre em História do Brasil (PUC). Atualmente, cursa graduação em Direito. É professor da UCS há 11 anos de disciplinas como Sociologia e Ciência Política, entre outras. É professor da rede de Ensino Municipal de Novo Hamburgo (RS) há 12 anos nas disciplinas de História e Geografia. Participa de vários movimentos sociais, como União de Associações de Moradores de Porto Alegre (UAMPA), FEGAM e Fracab.

Coordenação de Movimentos Sociais: Daysi Lange. Possui graduação em Licenciatura de História e mestrado em História do Brasil pela PUCRS - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul; e doutorado em Ciências da Comunicação pela Unisinos (Universidade do Vale do Rio dos Sinos do RS). Atualmente, é docente da UCS. Tem experiência na área de História, com ênfase em História do Brasil, História do Rio Grande do Sul, e História da América Latina. Atua, principalmente, nos seguintes temas: História do Rio Grande do Sul (período colonial, República Velha, imperial e contemporâneo) e História da América. Estado e Sociedade no Brasil e a questão da cidadania; a (re) construção da identidade nos produtos culturais; História e mídia. Proposta de interação social e modelos de comportamentos em formatos televisuais através do Humor realizando análise de sitcom, sistema de resposta e cotidiano. É coordenadora da Unidade de Aprendizagem Universidade e Sociedade, subcoordenadora do Curso de História (Campus Vacaria) e coordenadora do Centro de Memória Regional do Judiciário (CMRJU), todos os cargos ocupados na UCS.

Coordenação de Formação: Paulo Roberto Wünsth (Licenciado em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul; Especialista em Sociologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul; mestre em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Doutor em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul; professor da Faculdade de Integração do Ensino Superior do Cone Sul (FISUL-Garibaldi); professor da Universidade de Caxias do Sul; professor convidado do Curso de Especialização em Saúde do Trabalhador da Faculdade de Serviço Social da PUC-RS; professor convidado do curso de Especialização em Família, Territorialidade e Proteção Social da Faculdade de Serviço Social da Universidade Luterana do Brasil (Carazinho); professor convidado do curso de especialização em Gestão de Políticas Sociais da UCS.

*A Grabois Serra Gaúcha terá ainda duas outras coordenadorias (de Comunicação e de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural) que já estão definidas, faltando ajustes na agenda de professores convidados para ocuparem esses espaços. 

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Carnaval não é urna eleitoral nem samba de aprendiz. É raiz e muita história

O meu envolvimento com o Carnaval de Rua de Caxias vem de longas décadas. Sinto orgulho da minha história de vida, desconhecida talvez de muitos atores jovens estreantes na vida política e aprendizes da história. Na condução de um bom historiador, a regra básica é buscar informações, vasculhar fontes, documentos, para conhecer um pouco da história de muitos que nos cercam antes de reduzir reconhecimentos e homenagens à politicagem vazia, sem conteúdo, amparada em crítica sem fundamento.

Fiquei emocionado quando a direção da Escola de Samba Unidos da Zona Norte procurou-me para pedir se eu aceitava ser o homenageado pela agremiação. Queriam homenagear um jornalista que tivesse uma relação intrínseca com a cidade e que tivesse trabalhado para ajudar a reduzir as desigualdades sociais. Que tivesse usado do ofício de jornalista para ser protagonista e porta-voz da história de muitos.

Destaque da Protegidos da Princesa como Faraó

Chegaram até a minha pessoa por indicação de muitos. Tudo o que me pediram foi a biografia, pois tinham conhecimento prévio de fragmentos da minha história. Não pediram dinheiro. E também não os procurei para comprar homenagem, porque meu histórico de vida e conduta pessoal jamais permitiriam isso. Meu histórico foi construído nos pilares da ética, credibilidade e comprometimento com as pautas sociais.

Os aprendizes de política que hoje fazem esse julgamento deveriam se aprofundar no conhecimento de sua própria história e refletir sobre qual a marca pretendem deixar na sociedade onde transitam. Portanto, não temam a ameaça eleitoral, porque o bom debate é feito de conteúdo, credibilidade e respeito à história de aliados ou adversários políticos. E, de antemão, agradeço colegas jornalistas honrados que estão se apresentando para ajudar na preparação de alas e eventos para contribuir com a Escola Unidos da Zona Norte, ou seja, movimentos para ajudar a construir o Carnaval de Rua e não destruí-lo como tentam alguns.

Desfilando pela Escola de Samba Filhos de Jardel

Orgulho-me de ter sido porta-voz dos carnavalescos, defensor e apoiador do Carnaval de Rua de Caxias. Afinal, a história registra pelo menos duas passagens minhas como sambista pela Sinimbu no início dos anos 2000. Uma como destaque da Escola de Samba Protegidos da Princesa e outra como integrante da Escola de Samba Filhos de Jardel, que, aliás, é do bairro Jardelino Ramos, antigo Burgo, onde vivi toda a minha infância e permanecei até a idade adulta. Bairro onde moram os pais e a maior parte dos meus irmãos.

É um orgulho quando esse reconhecimento ao trabalho que desempenhamos vem das massas, do povo, sem a necessidade de um panfleto para fazer apresentações, porque a história é de domínio público. Honrarei com muito orgulho e darei o máximo de mim para fazer valer a escolha de uma escola que tem raiz, não é planta superficial, sem beleza e sem cheiro.

Repito: Quando nasci, minha mãe registrou-me com o nome de Roberto Carlos imaginando me projetar na carreira musical, mas esse menino cresceu, virou jornalista, defendeu com fervor as causas sociais e história deu samba.