sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Das dificuldades às conquistas e vitórias


Nascido em uma família pobre de 9 irmãos, Roberto Carlos Dias superou as próprias dificuldades para lutar por um mundo mais social, justo e igualitário para todos. Obstinado em realizar o sonho e tornar-se vencedor, Roberto Carlos mergulhou nos estudos. Hoje, é um jornalista pós-graduado em Comunicação Jornalística, reconhecido e respeitado não só em Caxias, mas na região e no Estado. Atualmente, está na terceira faculdade, cursando Licenciatura em História na Universidade de Caxias do Sul (UCS).

                                     Acervo Pe. Roque Grazziotin       
      
Roberto Carlos participou ativamente da fundação do Centro de Estudos, Pesquisa e Direitos Humanos
Do nascimento até os 25 anos, Roberto Carlos, também conhecido entre os amigos e colegas como RC e Bob, morou na periferia da cidade, fixando moradia no Burgo, hoje bairro Jardelino Ramos.

Terceiro filho mais velho da dona de casa Sueli Maciel Dias, Roberto Carlos usava um saco plástico de açúcar de cinco quilos como pasta para carregar os livros e cadernos para estudar na Escola de Ensino Fundamental São Vicente de Paulo, no bairro São Vicente, antigo Buraco Quente. Entre dificuldades vividas, Roberto Carlos experimentou a fome. Nem sempre tinha comida para saciar a fome de todos os filhos. Aguerrida, dona Sueli dividia porções iguais e não recusava a ajuda e doações de outras pessoas.

As dificuldades eram muitas para Roberto Carlos dá prosseguimento aos estudos, mas encontrou pelo caminho pessoas com um grande coração que o ajudaram, doando material escolar ou conseguindo bolsa de estudos para que não desistisse dos sonhos. O principal apoio e auxílio na formação vieram de dois religiosos, que eram irmãos biológicos, padre Ernesto Roman, e irmã Flora Roman, que estavam à frente da comunidade São Vicente de Paulo, atuando na igreja católica do bairro.

Hoje Roberto Carlos é um jornalista respeitado
Aos 9 anos, Roberto Carlos já atuava na Igreja São Vicente de Paulo como coroinha, mas logo assumiu outros desafios frente à comunidade, tornando-se catequista, responsável pela liturgia, coordenador do grupo de jovens e coordenador das zeladoras e catequistas na área Leste da cidade.

Posteriormente, integrou Pastoral Operária como membro da Juventude Católica Operária (JOC) e participou de importantes congressos dentro e fora do Estado do Rio Grande do Sul como represente de Caxias do Sul nos encontro das Comunidades Eclesiais de Base (CEBS).   




Trabalho começou aos 13 anos

Aos 13 anos, para ajudar no sustento da casa e garantir a continuidade dos estudos, Roberto Carlos foi trabalhar como auxiliar de operários que faziam calçamento de ruas da cidade.
Apesar da pouca idade, Roberto Carlos assumiu o trabalho braçal com muita coragem e determinação, sendo responsável pelo carregamento de carrinhos de mão e distribuição de pó de brita nas canchas que iriam receber os paralelepípedos, abaixo de sol escaldante.

Ao lado de Irmã Flora Roman que contribuiu muito com os estudos do jornalista


Do preto e branco ao mundo virtual

Com mais de 20 anos de atuação na imprensa tradicional, o jornalista Roberto Carlos Dias acompanhou a evolução da tecnologia na imprensa gaúcha, passando da impressão de jornais e de fotos em preto e branco para as plataformas de mídias sociais, onde mantêm canais ativos, como Facebook, Twitter, blog, Orkut, canal no Youtube e Flicker. Roberto Carlos é um internauta plugado na rede e um profissional respeitado, com credibilidade na sociedade caxiense.

Atuando na revelação de filmes e fotos PB na Folha de Hoje


Roberto Carlos, como é mais conhecido na cidade, vivenciou os processos da era do telex, telefoto, radiofoto, revelação de filmes e ampliação de fotos em P/B. O jornalista foi responsável pela implementação do colorido no extinto diário de Caxias do Sul Folha de Hoje, onde permaneceu por cinco anos. Após esse período, ingressou na redação do Jornal Pioneiro, veículo pertencente ao Grupo RBS, que detém a concessão das operações de afilhadas da Rede Globo. 

Na redação do Jornal Pioneiro

No diário da RBS, Roberto Carlos exerceu as funções de repórter, editor e colunista de Política durante 15 anos, se desligando da empresa por decisão própria em 2010 para coordenar a campanha eleitoral da candidata ao Senado Abgail Pereira, hoje secretária estadual do Turismo do Estado do Rio Grande do Sul e que deve desfilar na agremiação do homenageado.
Hoje, Roberto Carlos coordena a Comunicação do deputado federal Assis Melo. Foto da filiação do jornalista ao PCdoB, em Brasília, no dia 1º de fevereiro de 2011. A ficha foi abonada pelos deputados federais Assis e Manuela d´Ávila

Com o resultado das eleições gerais de 2010, Roberto Carlos passou a coordenar a Assessoria de Imprensa do deputado federal Assis Melo (PCdoB), por decisão da direção do partido e com o aval da Abgail, que integra a mesma legenda. Além de Abgail e Assis, a secretária estadual do Meio Ambiente, Jussara Cony (PCdoB), também deve desfilar pela escola.     

    


A HOMENAGEM

Roberto Carlos foi convidado pela direção da Escola de Samba Unidos da Zona Norte para ser homenageado por conta da sua história de vida e da forte ligação com as pautas sociais de Caxias do Sul a partir da atuação como jornalista. Roberto Carlos enfrentou a ditadura e os anos chumbo com bravura de um jovem consciente da luta, mesmo com as agressões sofridas pelo autoritarismo de militares, tornando-se um dos fundadores do Centro de Estudos, Pesquisa e Direitos Humanos (CEPDH) de Caxias do Sul, constituído em 1º de maio de 1984. 
Roberto Carlos em cobertura jornalística

No exercício da profissão de jornalista, sempre valorizou as culturas populares como Carnaval, dedicando tempo e espaço para mostrar nas páginas do jornal a importância da festa popular de momo na construção da História do Brasil. Desfilou como o destaque no Carnaval de Rua 2002, como faraó da Escola Protegidos da Princesa. Em 2007, voltou à avenida pela Escola de Samba Filhos de Jardel. Agora, é tema de enredo a da Unidos da Zona Norte.
Conseguiu provocar mudanças significativas para melhorar a vida dos caxienses e da cidade e também de outras regiões do Estado e país com reportagens jornalísticas de fôlego que renderam-lhe prêmios.

Com o jornalista Pedro Bial, da Rede Globo, na cobertura em Caxias da Caravana do JN na eleição  presidencial  de 2006, que reelegeu Luiz Inácio Lula da Silva para o segundo mandato   


Em 2001, o jornalista ganhou o XV Prêmio Setcergs* de Jornalismo – Categoria Jornal/Revista com a publicação de um caderno intitulado Vida de Caminhoneiro, retratando as dificuldades enfrentadas por esses profissionais da estrada a partir de uma viagem de seis dias feita na boleia de um caminhão, de Bento Gonçalves (RS) até o Recife (PE). Roberto Carlos retratou os problemas do cotidiano como rodovias esburacadas, assaltos, consumo de medicamentos para manterem-se acordados e a solidariedade entre os caminhoneiros. A reportagem o levou a palestrar para deputados estaduais na Comissão dos Caminhoneiros Desaparecidos da Assembleia Legislativa para retratar as experiências vividas na estrada, como subsídios para atuação dos parlamentares.

Trabalho sobre os problemas das rodovias do país resultou em prêmio


A jornada no campo social prosseguiu. Em 2007, o jornalista recebeu o Troféu Destaque Gari – Categoria Imprensa por retratar em diversas matérias, de forma humanizada, a importância desses abnegados profissionais que mantêm as cidades limpas, recolhendo os lixos produzidos por seus moradores. As reportagens também tornaram públicos os problemas com algumas cooperativas que não pagavam direitos trabalhistas. O prêmio foi conferido pelo Sindicato dos Trabalhadores em Asseio, Conservação, Serviços Terceirizados, Limpeza Urbana, Ambiental e Áreas Verdes de Caxias do Sul (Sindilimp).

Os problemas no transporte coletivo urbano de Caxias do Sul, como atrasos, superlotação, voltas queimadas, entre outros, também mereceram atenção do jornalista, que mostrou em uma série de reportagens de seis dias a realidade do sistema e os prejuízos para os usuários. A produção acabou trazendo melhorias para os passageiros com a colocação de mais carros e mais horários em determinados roteiros e linhas e resultou na conquista de mais um prêmio na categoria Grande Vencedor do 2º Prêmio Pioneiro/RBS de Jornalismo pela reportagem “Transporte Coletivo: Quem reclama tem razão.” 
   

*Setcergs: Sindicato das Empresas de Transportes de Carga no Estado do Rio Grande do Sul

**A matéria que compartilho acima, é a mesma que está sendo veiculada na edição do Jornal Atittude de janeiro de 2012, com circulação a partir desta sexta-feira. É um veículo de comunicação alternativo, conduzido por Antonio Hoffmann, com circulação principalmente na Zona Norte da cidade  

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Obrigado pela amizade e confiança. Feliz Natal!

Natal é época de celebrarmos a vida em família, declarar amor, deixar os sentimentos aflorarem e abraçar bem apertado aqueles que nos custam caro. E os amigos são, inevitavelmente, os irmãos que as relações humanas nos concedem na jornada da VIDA. 

É com sentimento que quero desejar um Feliz Natal a todos os amigos revivendo o Rei Roberto Carlos e Erasmo Carlos na cena musical "EU QUERO TER MILHÃO DE AMIGOS." Vejam o vídeo que selecionei abaixo para retribuir amizade.


domingo, 11 de dezembro de 2011

Vem no compasso que o balanço eu faço

Como expectador da escolha das soberanas da Corte de Momo de Caxias do Sul não poderia deixar de registrar neste estaco quem será o trio que vai ditar o compasso no comando do Carnaval de Rua (e se houve, dos salões) em Caxias e, inclusive, sambar o enredo "Das dificuldades às conquistas e vitórias" em minha homenagem que a Escola Unidos da Zona Norte trará para a Avenida Sinimbu.
                           Paulo A.G. Pasa/Divulgação  

A rainha é Josiane Mello (C), da Protegidos da Princesa, e terá como princesas Andriele da Rosa de Vargas (E), da Acadêmicos XV de Novembro, e Maria Caroline Beltrami Ferreira (D), da Incríveis do Ritmo. O Rei Momo Marco Teixeira foi reeleito.


A foto é de autoria do meu amigo e futuro jornalista, figurante da Unidos da Zona Norte, Paulo Pasa, que tem se destacado na cobertura destes eventos de cunho social.

Veja nos links abaixo, o enredo que a Unidos da Zona Norte catará na avenida. O último traz a letra para que todos possam decorá-lo para cantar no dia 18 de fevereiro de 2012. 









Vem no compasso que o balanço eu faço

Como expectador da escolha das soberanas da Corte de Momo de Caxias do Sul não poderia deixar de registrar neste estaco quem será o trio que vai ditar o compasso no comando do Carnaval de Rua (e se houve, dos salões) em Caxias e, inclusive, sambar o enredo em minha homenagem que a Escola Unidos da Zona Norte trará para a Avenida Sinimbu. 
                           Paulo A.G. Pasa/Divulgação  

A rainha é Josiane Mello (C), da Protegidos da Princesa, e terá como princesas Andriele da Rosa de Vargas (E), da Acadêmicos XV de Novembro, e Maria Caroline Beltrami Ferreira (D), da Incríveis do Ritmo. O Rei Momo Marco Teixeira foi reeleito. Tive o prazer de assistir aos desfiles das candidatas ao lado do presidente da Escola Unidos da Zona Norte, Xuxa, e do também dirigente da agremiação Valdir. Ambos me procuraram para propor homenagem. 

A foto é de autoria do meu amigo e futuro jornalista, figurante da Unidos da Zona Norte, Paulo Pasa, que tem se destacado na cobertura destes eventos de cunho social.

Veja nos links abaixo o enredo que a Unidos da Zona Norte catará na avenida. O último traz a letra para que todos possam decorá-lo para cantar no dia 18 de fevereiro de 2012. 








quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Câmeras de vídeo já vigiam estacionamentos da UCS

Há mais de duas semanas, abri protocolo na ouvidoria da UCS exigindo que os alunos fossem chamados para debater a questão do estacionamento pago. Recebi ligações da ouvidoria pedindo mais informações, mas a resposta ainda não veio. Para minha surpresa, olhos biônicos (câmeras de vídeos) já estão espalhados em pontos estratégicos de alcance aos estacionamentos principais da UCS, conforme imagens que captei do meu celular nesta terças-feira.




Defendi, via twitter, copiando o @ucs_oficial, que era preciso que a medida de cobrança do estacionamento viesse acompanhada de medidas que beneficiassem os alunos, como incentivo à carona solidária, bem como projetos técnicos elaborados pela UCS, Visate e prefeitura que permitissem melhorar as condições do transporte coletivo para trazer à luz do debate. Fiz na mesma ocasião outras considerações contrárias à demissão de professores horistas e à implantação de EAD para as disciplinas comuns.



A partir dessas observações, a ouvidoria fez quatro contatos telefônicos comigo buscando mais informações e para me ouvir. Comprometeram-se em dar retorno sobre as medidas tomadas neste sentido. Ainda não recebi o retorno e os olhos biônicos já estão perto da Casa do Chá e junto ao trevo de acesso ao Bloco H e ao Quiosque de Informação.


Não precisamos de ouvidoria para funcionar como canal de SAC e manifestei isso para a atendente da ouvidoria.      

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Turbilhão de emoções e Direitos Humanos no enredo da minha história

Hoje, por coincidência, dia 29 de novembro, aniversário da minha filha Mariana, recebi uma foto da amiga Fernanda Seibel da fundação do Núcleo de Direitos Humanos de Caxias do Sul, da qual participei ativamente. A imagem mexeu com os meus sentimentos e emoções.


O núcleo brotou das agressões e violência provocadas pela Ditadura Militar contra muitos trabalhadores, homens e mulheres e até crianças do bairro São Vicente de Paulo, antigo Buraco Quente.
A concretização do núcleo ocorreu em missa na Catedral Diocesana, no dia 1º de maio de 1984, onde levo um prato ao ofertório para simbolizar a defesa ao direito à comida.
É Roberto Carlos vivendo muitas emoções e vendo sua história sendo revisitada e revirada por amigos a partir da homenagem como tema enredo da Escola Unidos da Zona Norte no Carnaval de 2012.
As lembranças estão saindo do fundo do baú.

domingo, 27 de novembro de 2011

Nunca antes na história de Caxias do Sul

Acredito que só vamos fazer a diferença neste caos da saúde pública que se instalou em Caxias do Sul participando ativamente do debate, trazendo-o para a praça principal, como ocorreu no último sábado, para que a população saiba porque estamos lutando e para que ajude a combater esse desmonte com a privatização dos serviços. 
                                 
                                 Antônio Hoffmann, Jornal Attitude/Divulgação


Nunca ANTES na HISTÓRIA de Caxias se viu uma grave tão longa, com mais de 600 dias de paralisação, como a dos médicos da rede pública.

Parabéns aos movimentos sociais, sindicais e comunitários que promoveram o ato em defesa à saúde no sábado.

Não pode a população ser penalizada desta forma. O direito à saúde pública e de qualidade, que emancipe o povo, é uma obrigação do Estado. O problema em Caxias é notório: falta diálogo entre o gestor público e os médicos, que elegeram os tribunais da Justiça como seus porta-vozes neste debate sobre a greve. Outra constatação é o desmonte que vem ocorrendo com a sequência de privatizações com as chamadas terceirizações dos serviços. A mais recente foi a que acabou com Instituto Gaúcho de Oftalmologia, o que obriga boa parte da população utilizar quatro ônibus para ter acesso ao serviço nos Hospitais Geral e Virvi Ramos, porque não temos integração tarifária funcionando nesta cidade. Ou seja, penaliza duplamente o usuário.

Por exemplo, que vem do Cânyon, Belo Horizonte, Santa Fé, Vila Ipê (enfim, Zona Norte, onde se concentra boa parcela da população com maior necessidade de serviços públicos), terá de se deslocar de transporte coletivo até ao Centro e depois embarcar em coletivo para chegar ao HG ou Virvi Ramos. O instituto eliminado pela administração estava localizado em ponto estratégico para facilitar o acesso de quem mais precisa: no bairro São José.

Esses são apenas alguns exemplos do desmonte que estamos assistindo na saúde pública de Caxias. Como estão sendo investidos os recursos do Orçamento? Não adianta dizer que investe mais do que estabelece a Constituição Federal se não há planejamento estratégico, gestão, para dar resolutividade na rede como um todo.   

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Marco regulatório e democratização da mídia em debate em Caxias

O debate sobre comunicação e sistema público, que ocorre na Câmara de Vereadores de Caxias, nesta segunda-feira, chega em um momento de fragilidade de órgãos de imprensa, com a onda de denuncismo, sem provas e sem precedentes na história contemporânea do Brasil, por parte de setores conservadores da grande mídia, que deixam claras as intenções de golpe contra o regime democrático de direito e às forças progressistas que deram novo rumo para país com Lula e Dilma na Presidência da República.

                                                                                          Divulgação
Laurindo Lalo Leal Filho será um dos palestrantes


O local e a cidade escolhidos para promover essa discussão também são estratégicos, já que no Parlamento caxiense consta projeto para regular a mídia no município, que ainda não conta, infelizmente, com um Conselho de Comunicação.   

Intitulado Seminário Comunicação em Pauta, o debate em Caxias começa a partir das 18h30min e é promovido pela Secretaria de Comunicação e Inclusão Digital (SECOM).

Na pauta do seminário, entre outros temas, estarão o marco regulatório das comunicações, convergência tecnológica, fortalecimento do sistema público de comunicação, marco civil da internet, respeito à diversidade nos meios de comunicação, participação social, regionalização dos conteúdos televisivos e políticas de inclusão digital.

Cada assunto vai contar com especialistas nas respectivas áreas. A edição Caxias do Sul do Seminário Comunicação em Pauta contará com as presenças de Laurindo Lalo Leal Filho (pós-doutor pela Goldsmiths College da Universidade de Londres, professor aposentado da USP e apresentador do programa VerTV) e de Edivaldo Amorim Farias (juiz de Direito aposentado e presidente da Associação Brasileira de Canais Comunitários). 

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Saúde pública não é esmola

A semana é de grande expectativa para a saúde pública de Caxias, quando prefeitura deve apresentar propostas para os médicos em greve há meio ano. Isso mesmo: seis meses de paralisação. No domingo à tarde, estava no Congresso de Estudantes da Universidade de Caxias do Sul (Coneucs) quando meu celular tocou. Ao atender a ligação, ouvi a voz de um pai desesperado, gritando por socorro, porque seu filho passava mal há mais de 2 horas no Postão 24 Horas de Caxias do Sul. 

                                                Foto Luiz Erbes/Divulgação


O pai contou-me que seu filhinho de quase dois anos, gemia, estava com dor, diárreia e vômito. Foi atendido após quase longas 3 horas de espera. Para aumentar o desespero do pai, o filho desidratava, estava há mais de 24 horas sem se alimentar.  Pelo relato do pai, a criança estava no mesmo quadro de saúde abalada há três dias. Na UBS do seu bairro, não tinha médico especialista e fila de espera na sexta-feira era gigantesca para o único clínico geral. Aliás, o quadro de pediatras e de outras especialidades só vem diminuindo na saúde pública do município diante do impasse entre prefeitura e a categoria dos médicos. O (des) conforto do pai desesperado foi procurar o Postão 24 Horas, onde sua agonia aumentava a cada segundo, a cada minuto, que passava. 

A população de Caxias não pode nem merece ficar mendigando por atendimento na Saúde Pública como se pedisse esmola. Não dá para tratar pessoas, que batem às portas das UBSs e do Postão 24 Horas, como entulhos, dejetos. Pagamos muitos e elevados impostos para ter saúde de qualidade. 

A voz daquele pai chorando, pedindo ajuda, denunciando o descaso com a Saúde Pública de Caxias, martela a minha cabeça. O que fazer, prefeito Sartori?


segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Credibilidade jornalística é honra que não se apaga com panfletos apócrifos

Credibilidade, ética, profissionalismo e compromisso com as pautas sociais, que envolvem diretamente a vida do povo. Esses são os pilares que dão sustentação à minha trajetória profissional e de vida. Afinal, senti na pele as agruras e o dissabor de experimentar a extrema pobreza e a exclusão social, ou seja, as dificuldades que hoje são realidades em muitos lares não só de Caxias do Sul, mas do Estado e do Brasil.

Enfrentei os obstáculos do passado com muita garra e determinação e fiz das palavras minha arma para combater as injustiças sociais quando optei pelo Jornalismo como ofício profissional. Isso não é demagogia nem tampouco a busca pelo populismo. A prova desta conduta está atestada na memória, nos arquivos de jornais por onde passei, como a extinta Folha de Hoje e o Pioneiro.

Dos 20 anos que atuei na imprensa escrita de Caxias do Sul, 12 deles dediquei ao Jornalismo Político, área na qual me especializei ao fazer pós-graduação em Comunicação Jornalística e que hoje aprofundo os conhecimentos com os estudos no curso de História da UCS e com o envolvimento direto com a política partidária por estar na assessoria de imprensa do deputado federal Assis Melo.  

No arquivo Histórico João Spadari Adami e na Hemeroteca do Jornal Pioneiro é possível encontrar parte da minha visão de mundo por meio de matérias e reportagens jornalísticas que assinei sobre o desenvolvimento, o direito à moradia, à saúde, à educação, ao transporte coletivo de qualidade e à justiça salarial no mundo do trabalho. Tanto são verdadeiras essas informações que os prêmios que conquistei na carreira de jornalista sustentam esse relato.

Ao retratar os problemas do transporte coletivo urbano de Caxias do Sul em uma série de reportagens publicadas no Pioneiro, intitulada “Quem reclama tem razão”, ganhei o Grande Prêmio Pioneiro/RBS.

                                 Foto Rocha Dio/Divulgação 
15º Prêmio Stecergs de Jornalismo recebido das mãos do prefeito de Gramado Pedro Bertolucci em 08/06/2002


O reconhecimento também veio por meio de outro prêmio concedido pela Setcergs, na categoria Jornalismo Impresso, por ter descrito em um caderno de 12 páginas as dificuldades dos caminhoneiros, trabalhadores que fazem das estradas deste Brasil afora o seu ganha pão. Encarei uma viagem de seis dias, de Bento Gonçalves (RS) a Recife (PE), na boléia de um caminhão para apresentar as dificuldades das estradas, os perigos de assalto, a alimentação desregrada, a extensa jornada de trabalho, o sono, os medicamentos para manter-se acordado, as orações por ondas de rádio, enfim os percalços para cumprir os prazos de entrega da carga.

Outro prêmio que considero de extrema importância foi o Troféu Gari, categoria Imprensa, recebido em 2007 do Sindilimp por ter destacado, na condição de jornalista do jornal Pioneiro, o valor desta grandiosa categoria que cuida da limpeza urbana da cidade, das ruas, e por ter denunciado o não-cumprimento de direito trabalhista por determinada cooperativa.

Aliado a isso, muitas das matérias que produzi foram para valorizar e estimular os movimentos sociais, como o Carnaval de Rua e os Direitos Humanos, além de ter sido setorista do Hospital Geral (HG), antes de abrir as portas, e da Rota do Sol, antes de a rodovia estar concluída.  Muito me empenhei para manter esses dois temas nas manchetes do jornal por entender a importância de ambos para o coletivo de uma cidade e para o desenvolvimento da região e do Estado.

Se esse histórico de lutas, construído com as armas de uma caneta e um bloco na mão, são ações para favorecer a burguesia, quero honrar o título de burguês, mas das causas nobres do povo, porque nasci e me criei no antigo Burgo, hoje bairro Jardelino Ramos.
No início dos anos 90 quando inciei no Jornalismo como revelador de filmes e fotos no laboratório fotográfico (P/B) da  Folha de Hoje


Sinto orgulho de ter trabalhado no Pioneiro e conquistado o respeito de editores, colegas repórteres e de diversos setores da sociedade nas defesas que fazia das pautas de cunho social para que estivessem contempladas no jornal diário da cidade. Aprendi muito na redação do Pioneiro e cresci, tanto como profissional quanto como pessoa. Essa condição faz parte da minha história de vida e jamais omitirei isso. Portanto, não adianta usar de panfletos apócrifos para tentar me rotular como porta-voz da burguesia, da elite, por ter trabalhado no “Pioneiro/RBS/Rede Globo”, como diz o último panfleto de ataque à minha pessoa que está circulando na UCS, usando deste histórico profissional para me apresentar como integrante do “PIG (Partido da Imprensa Golpista).”

Quando optei pelo PCdoB, como partido, tinha a convicção ideológica de que as ideias comunistas dialogavam com o lado onde sempre estive, ou seja, do povo, exercendo o meu protagonismo político junto aos movimentos sociais de base, sem filiação partidária na época. Isso é praticar o Socialismo. Isso é lutar por um mundo mais justo, humano e igualitário. Isso é fazer política de massas. Portanto, se o meu nome hoje circula como alternativa para outros desafios é porque tenho história. E quem tem história, disciplina, lisura e correção não teme embates nem foge da luta. Dito isso, assumirei as tarefas que o meu partido, o PCdoB, confiar a mim.        

    
  

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Inauguração da Fundação Maurício Grabois Serra Gaúcha reúne mais de 150 pessoas

 Com o auditório do Salão de Atos da Reitoria da Universidade de Caxias do Sul (UCS) lotado por mais de 150 pessoas, a Fundação Maurício Grabois instalou seção inédita na Serra Gaúcha na última sexta-feira, dia 16 de setembro. A inauguração ocorreu com palestra com o seguinte título: “O declínio do capitalismo no mundo contemporâneo e os reflexos da crise econômica internacional no Brasil a partir da revisão de teses marxistas.” A temática foi abordada pelos debatedores Maria Carolina Rosa Gullo, doutora em Economia, Raquel Sebastiani, mestre em Sociologia, e Lécio Morais, mestre em Ciência Política e coordenador da assessoria da Liderança do PCdoB na Câmara dos Deputados.

                                                         Fotos Paulo Pasa/Divulgação
Roberto Carlos assume coordenadoria-geral da Grabois Serra


O evento contou ainda com participação do diretor administrativo e financeiro da Fundação, Leocir Costa Rosa, e do coordenador da seção da Grabois no Rio Grande do Sul, Daniel Sebastiani.  Entre a numerosa plateia formada por acadêmicos de diversos cursos superiores, docentes e lideranças de movimentos sociais, estavam o deputado federal Assis Melo, o presidente do PCdoB caxiense, Silvio Frasson, o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil do RS (CTB-RS), Guiomar Vidor, o presidente da Fundação Universidade de Caxias do Sul (Fucs), Roque Grazziotin, entre outras autoridades. A palestra teve mediação do jornalista e acadêmico de História Roberto Carlos Dias, empossado como coordenador-geral do núcleo da Fundação Maurício Grabois Serra Gaúcha.

Assis Melo (camiseta branca) e Silvio Frasson (E, de jaqueta jeans) atentos ao debate


Antes da palestra, Leocir e Sebastiani falaram em nome da fundação. O dirigente nacional destacou que o papel central da fundação é capilarizar as ideias ao mencionar a existência de mais de 24 mil fotos e mais de 30 mil documentos que estão sendo digitalizados no Centro de Documentação e Memória (CDM). As publicações da fundação, prosseguiu Leocir, priorizam temas como meio ambiente, economia e desenvolvimento, além de servir como importante instrumento de formação política por meio da escola, que já capacitou 2,5 mil pessoas. Sebastiani endossou as palavras de Leocir e elogiou a iniciativa da Serra de constituir uma seção própria. 

Leocir, diretor da Maurício Grabois, destacou a capilarização de ideias
  

Após, as considerações dos representantes da Grabois, Raquel fez uma abordagem voltada ao contexto histórico, da origem do capitalismo no mundo, com uma crítica acentuada na confusão que esse sistema cria entre bancos e empresas monopolistas, que tratam o trabalho como mercadoria. 
Maria Carolina discorreu sobre o impacto com olhar na economia regional e na geração de empregos.  A palestrante dividiu com a plateia que se fosse questionada sobre qual a crise que mais lhe preocuparia não teria dúvidas em afirmar ser a Européia.

“Há cinco, sete anos, ninguém falava do Brasil, Rússia, China e Índia. A geopolítica mudou. O que me preocupa é a crise além-mar. Importamos da China, mas também importamos muito da Itália Com isso o reverso pode acontecer, com imigração acentuada de mão de obra vinda para todos os lugares”, alertou Maria Carolina, destacando que o crescimento na região foi menor, mas em contrapartida a indústria a teve a maior média de crescimento.

Professora Maria Carolina (D) e Raquel (E) relacionaram origem do capitalismo 


Já Lécio Morais abordou os reflexos da crise internacional no Brasil, com considerações sobre a experiência de 2008 e a expectativa atual. O cientista político considera a crise atual um reforçamento da de 2008.

“O que o Brasil passou em 2008 não foi barato. Perdemos todo o crescimento de 2009. Os investimentos permitiram que o governo saísse com o prejuízo muito pequeno. O governo Lula teve a ousadia de fazer políticas que nunca aconteciam. A crise é própria do capitalismo. Essa crise de 2008 é mais devastadora, talvez, se comparada à da década de 30. Enfrentamos a crise com ousadia e a experiência nos ensinou que temos condições de enfrentar a crise atual, que antes era só do centro capitalista, mais preparados.”

Lécio Morais contexttualizou atual crise com a de 2008


Na condição de membro titular da Comissão do Trabalho, Administração e do Serviço Público, o deputado Assis Melo considerou importante o debate e a contribuição da Fundação Maurício Grabois, mas fez uma ressalva que a crise não pode ser vista apenas no espectro econômico, mas também sobre o ponto de vista político.

“Temos de debater como o pré-sal, por exemplo, pode ajudar no enfrentamento da crise”, sugeriu o deputado.  

Antes de encerrar a atividade, Roberto Carlos apresentou os demais coordenadores que o ajudarão a colocar em prática os projetos e objetivos da Grabois Serra Gaúcha.



 

Coordenações da Fundação Maurício Grabois Serra Gaúcha*

Coordenação-Geral: Roberto Carlos Dias (Jornalista diplomado pela Universidade de Caxias do Sul (UCS). Pós-graduado em Comunicação Jornalística, com linha de pesquisa voltada à interferência da mídia na decisão do voto, tanto em eleições como votações de projetos polêmicos na esfera Legislativa, em âmbito nacional, estadual e local. Atualmente, cursa História na UCS, tendo pesquisa direcionada à negação do conceito de Feudalismo no Brasil a partir da obra de Caio Prado Jr. Trabalhou por 20 anos na imprensa caxiense, nos jornais diários Folha de Hoje e Pioneiro. Nesse último, ficou por quase 15 anos, exercendo as funções de repórter, editor e colunista de política).

Coordenação Política: Déo Gomes (Graduado em Odontologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e ex-vereador de Caxias do Sul por dois mandatos, no período de 1996/2004. Também presidiu o DCE da UFGRS, o PCdoB caxiense por longo período e a Câmara de Vereadores de Caxias do Sul).

Coordenação de Projetos e Pesquisa: Dolores Sanches Wünsch e Vania Beatriz Melotti Heredia.
Dolores: (Graduação em Serviço Social pela Universidade de Caxias do Sul, mestrado em Serviço Social e doutorado em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Atualmente, é professora do Curso de Serviço Social da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Como assistente social, atuou na área de reabilitação profissional, previdência social, saúde do trabalhador e assistência social. É pesquisadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Saúde e Trabalho (NEST/UFRGS), com participação em pesquisas e estudos relacionados à saúde do trabalhador e à proteção social.

Vania Beatriz Merlotti Heredia: pós-doutora em História, coordenadora do curso de Licenciatura em Sociologia da UCS. Possui graduação em Ciências Sociais, sendo Bacharel pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1984), e tendo também Licenciatura Plena pela mesma universidade (1984). Graduação em Curso de Estudos Sociais - 1º Grau Licenciatura Curta pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1982), graduação em Curso de Filosofia, licenciatura plena pela Universidade de Caxias do Sul (1973). Mestre em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1978) e doutorado em História das Américas pela Universidade de Gênova-Sede Descentralizada em Turim, Itália (1992). Professora titular da Universidade de Caxias do Sul. Atuou como responsável pela Coordenadoria de Pesquisa da Instituição no período de 2002-2006. Atua na graduação e na pós-graduação dessa universidade. Tem experiência na área de Sociologia, com ênfase em Sociologia da Saúde e Sociologia do Trabalho, principalmente nos seguintes temas: idoso, trabalho, envelhecimento, história econômica do Rio Grande do Sul, história econômica de Caxias do Sul e estudos emigratórios. Atua no ensino superior desde 1974 e possui diversas publicações nas áreas citadas. Foi coordenadora da área de Ciências Humanas e Sociais da FAPERGS e participa de vários comitês editoriais. Faz parte da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia e é membro do Instituto Histórico de São Leopoldo desde 2006.

Coordenação de Temáticas: Julice Salvagni e Ricardo Baldazzare.
Julice: (graduada em psicologia, especialista em gestão e mestre em ciências sociais – área na qual está encaminhando o doutorado. Atualmente, atua como psicóloga clínica e do trabalho e é docente de psicologia na Universidade de Caxias do Sul).

Ricardo Baldazzare: Graduação em Sociologia, especialização em Educação de Jovens e Adultos (EJA), mestre em História do Brasil (PUC). Atualmente, cursa graduação em Direito. É professor da UCS há 11 anos de disciplinas como Sociologia e Ciência Política, entre outras. É professor da rede de Ensino Municipal de Novo Hamburgo (RS) há 12 anos nas disciplinas de História e Geografia. Participa de vários movimentos sociais, como União de Associações de Moradores de Porto Alegre (UAMPA), FEGAM e Fracab.

Coordenação de Movimentos Sociais: Daysi Lange. Possui graduação em Licenciatura de História e mestrado em História do Brasil pela PUCRS - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul; e doutorado em Ciências da Comunicação pela Unisinos (Universidade do Vale do Rio dos Sinos do RS). Atualmente, é docente da UCS. Tem experiência na área de História, com ênfase em História do Brasil, História do Rio Grande do Sul, e História da América Latina. Atua, principalmente, nos seguintes temas: História do Rio Grande do Sul (período colonial, República Velha, imperial e contemporâneo) e História da América. Estado e Sociedade no Brasil e a questão da cidadania; a (re) construção da identidade nos produtos culturais; História e mídia. Proposta de interação social e modelos de comportamentos em formatos televisuais através do Humor realizando análise de sitcom, sistema de resposta e cotidiano. É coordenadora da Unidade de Aprendizagem Universidade e Sociedade, subcoordenadora do Curso de História (Campus Vacaria) e coordenadora do Centro de Memória Regional do Judiciário (CMRJU), todos os cargos ocupados na UCS.

Coordenação de Formação: Paulo Roberto Wünsth (Licenciado em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul; Especialista em Sociologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul; mestre em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Doutor em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul; professor da Faculdade de Integração do Ensino Superior do Cone Sul (FISUL-Garibaldi); professor da Universidade de Caxias do Sul; professor convidado do Curso de Especialização em Saúde do Trabalhador da Faculdade de Serviço Social da PUC-RS; professor convidado do curso de Especialização em Família, Territorialidade e Proteção Social da Faculdade de Serviço Social da Universidade Luterana do Brasil (Carazinho); professor convidado do curso de especialização em Gestão de Políticas Sociais da UCS.

*A Grabois Serra Gaúcha terá ainda duas outras coordenadorias (de Comunicação e de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural) que já estão definidas, faltando ajustes na agenda de professores convidados para ocuparem esses espaços. 

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Carnaval não é urna eleitoral nem samba de aprendiz. É raiz e muita história

O meu envolvimento com o Carnaval de Rua de Caxias vem de longas décadas. Sinto orgulho da minha história de vida, desconhecida talvez de muitos atores jovens estreantes na vida política e aprendizes da história. Na condução de um bom historiador, a regra básica é buscar informações, vasculhar fontes, documentos, para conhecer um pouco da história de muitos que nos cercam antes de reduzir reconhecimentos e homenagens à politicagem vazia, sem conteúdo, amparada em crítica sem fundamento.

Fiquei emocionado quando a direção da Escola de Samba Unidos da Zona Norte procurou-me para pedir se eu aceitava ser o homenageado pela agremiação. Queriam homenagear um jornalista que tivesse uma relação intrínseca com a cidade e que tivesse trabalhado para ajudar a reduzir as desigualdades sociais. Que tivesse usado do ofício de jornalista para ser protagonista e porta-voz da história de muitos.

Destaque da Protegidos da Princesa como Faraó

Chegaram até a minha pessoa por indicação de muitos. Tudo o que me pediram foi a biografia, pois tinham conhecimento prévio de fragmentos da minha história. Não pediram dinheiro. E também não os procurei para comprar homenagem, porque meu histórico de vida e conduta pessoal jamais permitiriam isso. Meu histórico foi construído nos pilares da ética, credibilidade e comprometimento com as pautas sociais.

Os aprendizes de política que hoje fazem esse julgamento deveriam se aprofundar no conhecimento de sua própria história e refletir sobre qual a marca pretendem deixar na sociedade onde transitam. Portanto, não temam a ameaça eleitoral, porque o bom debate é feito de conteúdo, credibilidade e respeito à história de aliados ou adversários políticos. E, de antemão, agradeço colegas jornalistas honrados que estão se apresentando para ajudar na preparação de alas e eventos para contribuir com a Escola Unidos da Zona Norte, ou seja, movimentos para ajudar a construir o Carnaval de Rua e não destruí-lo como tentam alguns.

Desfilando pela Escola de Samba Filhos de Jardel

Orgulho-me de ter sido porta-voz dos carnavalescos, defensor e apoiador do Carnaval de Rua de Caxias. Afinal, a história registra pelo menos duas passagens minhas como sambista pela Sinimbu no início dos anos 2000. Uma como destaque da Escola de Samba Protegidos da Princesa e outra como integrante da Escola de Samba Filhos de Jardel, que, aliás, é do bairro Jardelino Ramos, antigo Burgo, onde vivi toda a minha infância e permanecei até a idade adulta. Bairro onde moram os pais e a maior parte dos meus irmãos.

É um orgulho quando esse reconhecimento ao trabalho que desempenhamos vem das massas, do povo, sem a necessidade de um panfleto para fazer apresentações, porque a história é de domínio público. Honrarei com muito orgulho e darei o máximo de mim para fazer valer a escolha de uma escola que tem raiz, não é planta superficial, sem beleza e sem cheiro.

Repito: Quando nasci, minha mãe registrou-me com o nome de Roberto Carlos imaginando me projetar na carreira musical, mas esse menino cresceu, virou jornalista, defendeu com fervor as causas sociais e história deu samba.         

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Samba enredo cantará a minha história de vida


Como os amigos jornalistas já tornaram a informação pública, compartilho com amigos do blopg que minha história de vida e a relação com a História Contemporânea de Caxias do Sul será tema de samba enredo da Escola Unidos da Zona Norte.



A agremiação quis homenagear um jornalista vivo que tivesse envolvimento profícuo com a cidade. Fiquei honrado com o convite e repassei biografia. Samba está sendo concebido por intérpretes de Porto Alegre e samba deve estar pronto no final de outubro.
E já tem colegas jornalistas se articulando para montarem ala. RC Carnaval 2012 convoca a todos para caírem no samba na Avenida (Rua) Sinimbu.